A minha leitura de fim de semana, sugerida pelo excelente My Guide to your Galaxy, foi o relatório Timbro sobre um estudo comparativo entre os EUA e a UE com base nos PIB´s das duas regiões. Para a maior parte dos leitores deste blog (eu próprio e um ou outro amigo) provavelmente é uma leitura tardia mas só agora tive conhecimento deste relatório.
A realidade é que, enquanto a América cresce, a Europa continua estagnada. Duas formas diferentes de intervenção estatal dão resultados distintos com brutal vantagem para quem intervém menos - os EUA.
Quando se fala dos EUA, a ideia que os europeus têm é que nos EUA, apesar da sua riqueza, esta está muito mal distribuída. Mas para contrariar essa ideia feita por uma certa esquerda anti-americana, aqui ficam dois quadros com a comparação entre a posse de bens domésticos entre os mais pobres (note-se, os pobres) dos EUA e a média Europeia:
(Poor households in USA)
Os EUA ficam à frente em quase todos os itens. Ou seja, mesmo os mais desfavorecidos dos EUA vivem comparativamente melhor (eu sei que o materialismo não é qualidade de vida, mas lá que ajuda, isso ajuda) do que os Europeus médios (compare-se o primeiro quadro com o segundo).
A grande conclusão é que é mau ser pobre em qualquer circunstância. Mas é preferível ser pobre num país rico do que num país pobre. Os pobres dos países ricos são menos pobres do que os pobres dos países pobres.
Como se pode verificar o estado-providência não significa, em boa verdade, providência nenhuma, mas antes um entrave ao crescimento que afectará todos da mesma forma, aliás, afectará mais os desfavorecidos.
Um estado pesado e uma carga fiscal elevada cria obstáculos ao crescimento e não cumpre os propósitos a que se comprometeu, ou seja, não redistribui riqueza, pois esta antes de ser distribuída tem de ser criada.
Esta é uma leitura muito interessante, essencialmente para um certo anti-americanismo latente na nossa sociedade, em concreto numa certa esquerda.
Podem fazer o download do documento AQUI (ficheiro em pdf).