Os meios estão em sala de espera. Mal acomodados mas disponíveis. A disponibilidade é mérito dos perspicazes. Entretanto, depois de usados, estão disponíveis para trabalhar, de borla, que assim ordena o Juiz.
Rui Moreira, por quem tenho estima, não tanto pelo pessoa, que não conheço, mas pela opinião publicada em matéria extra-futebolística, passou-se. Passou-se e ficou mal na fotografia. Ao abandonar o programa Trio d´Ataque deixou mal a entidade que o convidou, e que, segundo julgo saber, lhe paga. Eu escrevo num blogue colectivo – de borla – e nem sempre concordo com o que os meus colegas escrevem. Não me levanto e saio porta fora. Não saio por uma simples razão: apenas o que eu digo me responsabiliza. Em democracia é assim. Em democracia, se o que o APV fez é ilegal, tem bom remédio: tribunais. Uma semana má para os lados de Palermo: Rui Moreira esteve à altura de Villas-Boas.
No plano da honestidade, os erros dos árbitros existem e têm de ser compreendidos. Mas, pela lei das probabilidades, os erros dos árbitros, porque são vários ao longo de um jogo - e mais ainda de um campeonato -, continuando no plano da honestidade, tenderão a equiparar-se no benefício e prejuízo de cada uma das equipas. Assim sendo, analisando as primeiras seis jornadas da Liga, e o claro prejuízo do Benfica nesta matéria, não é despiciendo questionar: esta Liga está no plano da honestidade?
Num país com seis milhões de benfiquistas, segundo rezam as crónicas, ninguém estranha que os cargos de poder no futebol português, todos sem excepção, sejam ocupados por sócios e/ou simpatizantes da agremiação C?
E o modus operandi é sempre o mesmo: uma espécie de zanga mal resolvida, para a fotografia e, uns meses depois, a ocupação do cargo. Típico.
- Então, este ano o campeonato vai no andor? – pergunta um amigo ao Rui Moreira.
- Não, a carga é tão grande que só carregado de camião TIR. – responde o Rui Moreira.
Eu sabia que o Madaíl tinha uma doença qualquer que o vem apoquentando de há uns tempos para cá, só desconhecia é que o problema era da cabeça. As melhoras, Sr. Presidente.
O Roberto não é só um problema na baliza, é também um estorvo na discussão: com ele na baliza até constrange falar dos erros de arbitragem que nos vêm prejudicando.
O Benfica fez os melhores 45 minutos que algum dos Grandes (inclui Braga, exclui Sporting) fez até ao momento nas duas primeiras jornadas do campeonato. Apesar disso, perdeu. Eu sei que o campeonato do ano passado foi um bocado sensaborão, mas, pronto, chega! Já chega de abdicar da posição de GR nos jogos; é que a baliza é grande e uma casualidade pode resultar em golo.
Agora mais a sério: o que enerva é que, apesar de algumas vozes que contrariam esta tese, com um GR decente – registe-se: bastava decente – não tínhamos perdido na Madeira e não tínhamos perdido os outros dois jogos oficiais. Não ganharíamos os dois, mas, estou certo, também não perderíamos os dois. Nem que fosse um empate… E a nossa sorte é que, por força das teorias probabilísticas, nem o tudo que passa a linha de fundo do gramado atravessa os cerca de sete metros ao centro.