Eu até tinha – e tenho* - simpatia por algumas ideias do ministro Nuno Crato, mas dizer que “o País vai precisar de menos professores” e não concordar com um jornal que titulou uma entrevista sua com “País tem professores a mais” é algo um pouco surreal. E a emenda ainda foi pior que o soneto. Tentou explicar por linhas travessas que nunca disse que “quer mandar professores embora”. As duas coisas que disse é que não são a mesma coisa.
*Concordo com algumas coisas: por exemplo, acho muito bem que as bolsas de estudo universitárias estejam relacionadas com o mérito académico. Não faz sentido pôr os contribuintes a financiar alunos adultos que repetem o ano consecutivamente. Aliás, até o financiamento do sistema universitário público devia estar associado ao mérito académico. Devia existir um contrato entre o aluno e o Estado com direitos e deveres. Se o aluno não quiser cumprir tem bom remédio: ensino universitário privado.